Uma biblioteca, há muitos anos, representava um tesouro, pois possuir uma grande quantidade de livros era possível a pouquíssimas pessoas. Com isso, o conhecimento era muito restrito.
No entanto, nos dias de hoje é possível armazenar uma quantidade de informação maior que qualquer biblioteca no HD de um computador e, consequentemente, deixar isso acessível a grande parte da população.
Em contraposição, se um livro da Antiguidade poderia sobreviver a séculos de existência, como ocorre com alguns livros que ainda existem e são da época do início da imprensa (séculos XV-XVI), hoje os dispositivos de armazenamento são efêmeros.
Um HD ou pen drive têm uma vida média que não ultrapassa dez anos. O armazenamento nas mídias atuais tem um tempo de permanência muito pequeno em relação ao livro citado como exemplo, até porque a mídia é substituída por outras, como os velhos disquetes, trocados pelos menores, depois pelos CDs, pen drives...
Já os velhos livros de papel persistem. Por quanto tempo? Toda a Enciclopédia Britânica, em dezenas de volumes, hoje cabe em um CD... Com isso, podemos perceber que, ao mesmo tempo, ganhamos em eficiência em termos do espaço relativo à capacidade de armazenar dados, mas perdemos em tempo de permanência dessas informações.
Um exemplo curioso quanto a essa constatação mostra-se quando pensamos no hábito de trocar mensagens. Se antigamente as correspondências por meio de cartas eram bastante limitadas, essas cartas poderiam ser arquivadas.
Por isso, é comum um historiador obter importantes informações por meio do resgate delas. Atualmente podemos trocar muitas mensagens diariamente através de e-mail e, no entanto, essas mensagens rapidamente se perdem.
Fonte bibliográfica:
Caderno do professor – Física, Ensino Médio, 3ª Série, Volume 2. São Paulo: Nova Edição, 2014 – 2017.
Nenhum comentário:
Postar um comentário